"Estranha forma de vida", o curta de Almodóvar que está nos cinemas, é esplêndido. E saí da sessão impressionada com tudo o que Almodóvar falou na entrevista - posterior ao curta -, que dura bem mais que meia hora.
O filme tem como foco as vidas entrelaçadas de dois homens em um cenário atípico porque historicamente machista: o faroeste. Com personalidades bem diferentes, um é mais carinhoso e sentimental, enquanto o outro coloca as leis acima de seus desejos.
O curta nos faz pensar em questões que envolvem masculinidade pela relação homossexual no gênero faroeste, em etarismo, e nos faz prestar atenção em curiosos detalhes do erótico: como explica Almodóvar, não houve interesse em mostrar cenas de sexo, mas em revelar o erótico a partir de palavras desnudas.
Tornar as palavras desnudas é como escrever um poema, fazer literatura. Por isso, mas não só, "Estranha forma de vida" é tão bom.
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