domingo, 17 de março de 2019

Um poema pra Mangueira


Nesse carnaval eu fui Mangueira
De verde e rosa me pintei e me vesti
Na Sapucaí defendi sua bandeira
De brava gente feito Beth e Leci

Nesse carnaval eu vi Dandara
Guerreira negra destemida
E chorei ao cantar na quadra
O samba da Manu da Cuíca

Entre serpentinas e confetes,
ouvi a voz das Marielles
Baiana, rainha, porta-bandeira
É das mulheres a Estação Primeira

Ali outro Brasil foi emoldurado:
na chuva sambava o menino
e um grito jamais silenciado
revelou ao país um novo hino

De duas cores se vestiu a quarta-feira
Vibrei com as notas da apuração
E sei que corro o risco de meu coração
Em outro carnaval bater pela Mangueira

Nenhum comentário:

Postar um comentário