Recebo mensagens dos meus amigos
Estão cheios de angústia os nossos tempos
Inquieta nesse quarto então invento
Memórias que mascarem o perigo
Tiro do armário aquele meu pandeiro
Com saudade das rodas que frequento
Entre cervejas escrevo o lamento
Foi-se o Aldir, um ídolo brasileiro
Nesses dias cercados de agonia
Choro pelo meu país que se esvai
Jamais indiferente a alheios ais
Cada perda me lembra a tirania
Que ignora quem este vírus contrai
E ri de um Brasil que ficou pra trás
domingo, 17 de maio de 2020
Soneto da angústia
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